“E todo o povo falará: Amém” (Deuteronômio 27: 16-26)
Durante dias e semanas, as pessoas da cidade estavam ocupadas preparando-se para a visita do Rei na cidade. Pessoas e crianças limparam as ruas, decoraram as casas e penduraram lâmpadas coloridas sobre elas. Houve grande entusiasmo, e todos esperaram impacientes pela chegada do Rei.
Quando chegou o dia, todos vestiram roupas de Shabat e foram cumprimentar o Rei.
A mãe de Kopale estava muito ocupada. Varias vezes, ela pediu seu bagunceiro Kopale para se comportar de uma maneira adequada quando o Rei viesse. Ela falou e explicou, mas Kopale estava ocupado preparando belos cartazes para o Rei e procurando varas grandes para pendurá-los. De tanto que ela temia que Kopale não se comportasse direito quando o Rei chegar, a mãe sugeriu que ele ficasse em casa na hora da recepção do Rei. Mas Kopale não aceitou isso. “Eu ensinei todas as crianças a gritar “Viva o Rei”, portanto, quero também participar!”, declarou.
Quando o Rei chegou, a multidão ficou muito animada. O Rei olhou em volta e encantou-se de tudo o que tinham preparado para ele, mas, de repente, aconteceu algo triste. Kopale, que estava no canto e tentava não falar, gritar ou correr, sentiu-se como se estivesse com as mãos amarradas. Então ele decidiu praticar atirando pedras, do jeito que ele sempre gostava de fazer. “Me interessa muito que som a pedra faz quando ela bate na carruagem do Rei”, pensou Kopale, jogando a pedra que estava na sua mão.
Oops – a pedra bateu na carruagem!
Todos ficaram atordoados. Quem ousa jogar uma pedra na carruagem do Rei?
O medo foi imenso. O Rei continuou sua viagem, mas vários soldados permaneceram na área para pegar o menino insolente. Eles agarraram Kopale e levaram-no para a prisão.
Todos sabiam que um crime tão grave como a tentativa de ferir o Rei, poderia trazer para Kopale até um castigo de morte. Mas antes disso ele foi levado a um julgamento.
No tribunal, o promotor acusou-o e falou que ele era muito culpado – todos viram que ele tinha jogado uma pedra na carruagem do Rei. Mas então o advogado de defesa disse: “Este menino é maravilhoso. Ele ama o Rei com todo seu coração! A prova é que ele trabalhou duro por longos dias e tentou ensinar as crianças a gritar alto: “Viva o rei!” Claro que ele jogou a pedra sem querer bater no Rei, mas simplesmente porque seu coração lhe disse para fazer alguma brincadeira “.
Agora, as testemunhas testaram que viram como Kopale gritava muitas vezes: “Viva o Rei” com entusiasmo e amor, e como ele ensinava as outras crianças a fazer o mesmo. É claro, então, que ele sabe que deve honrar o Rei, e o ato de jogar a pedra era um ato único.
Os juízes saíram para consultar e perguntaram o Rei o que pensava.
“Aceito as palavras do advogado da defesa”, disse o Rei : “Se Kopale disse” Viva o Rei” tantas vezes em sua vida, significa que ele não queria ser grosseiro comigo”.
Assim, Kopale foi salvo da morte e libertado da prisão!
No momento em que um judeu transgrede uma mitzvá, é como se fosse que (D'us nos livre) ele joga uma pedra e rebela contra D'us. Como pode provar no céu que o judeu não cometeu o ato de transgressão deliberada, por vontade de ser rude?
Se os anjos vierem e dizem: ouvimos esse homem recitar muitas vezes: “Amém, Yehê Shemê Rabá mevorach le'alam ule'almei almayá (O kadish em aramaico- Que seja Seu nome abençoado para sempre)!” – isso prova, que ele está louvando o nome de D'us no mundo, e como se fosse gritar: “Viva o Rei!”
Assim que D'us ouve estes depoimentos dos anjos , Ele rasga o papel com o decreto ruim e perdoa às transgressões. Portanto, vale muito a pena para nós dizer repetidas vezes, em uma voz alta e com a intenção , “Amém, Yehê Shemê Rabá mevorach …” – porque assim nós estamos declarando de novo cada vez: “Viva o Rei!” “Viva o Rei!”