Exatamente em paralelo às eleições, estamos passando por um workshop de liderança, com o início do Livro de Shemot. Eis apenas algumas coisas que Moshe nos ensina:
1. Um líder pode crescer até mesmo na casa do Faraó, como príncipe do Egito, mas não esquecer seu povo, sua identidade e sua família. Ele tem a coragem de enfrentar o Faraó, governante do maior império do mundo, o homem que também o criou e adotou, e lhe dizer a verdade na cara.
2. Um líder não é necessariamente carismático. Ele pode gaguejar, ter dificuldade em falar e não ser um orador de multidões. Ele mesmo não afirma que é perfeito, mas, ao contrário, levanta essas deficiências descaradamente e diz: “כבד פה וכבד לשון אנוכי” (Sou pesado de boca e de língua).
3. Um líder trabalha com a máxima cooperação, com mínima obsessão, inveja, ódio e competição. Ele parte para a missão com seu irmão Aharon e sua irmã Miriam, em um modelo de liderança participativa, em que cada um usa seus talentos.
4. O líder não diz que é necessário “substituir o povo”, “substituir a Torah” ou “substituir a terra”. Ele é fiel e dedicado ao povo, mesmo quando ele erra ou peca. Ele não desiste, apesar da dificuldade de ensinar a Torah, e continua no caminho, mesmo quando o povo não deseja prosseguir rumo à Terra de Israel.
5. Um líder não atribui seu sucesso a si mesmo. Ele é um homem de fé e sabe que ele é apenas um meio, apenas um enviado. O homem mais importante do Êxodo é também o homem mais humilde durante esse processo.
Nós, naturalemente, não esperamos que nossos representantes eleitos sejam Moshe Rabenu, certamente não nos 100 dias turbulentos que teremos adiante. No entanto, de alguma forma, aconteceu de as parashot que acompanharão as eleições nos lembram que há a que aspirar.