Ontem alguém me escreveu: “Shalom, Sivan, eu acho que não se falou muito sobre a perda de duas jovens mulheres: na mesma noite, Rivka Kupshuk (Doron), que se casou recentemente, e Hadas Tapuchi, mãe de quatro filhos, cujo acidente em que ela morreu ainda está sendo investigado, pois é possível ter se tratado de um atentado terrorista. Eu pensei comigo o que se poderia aprender com elas. Eu escrevo para que todos, eu inclusive, não esqueçamos. Não ficaremos indiferentes.
Assim disse Yonadav Tapuhi, no discurso fúnebre sobre sua esposa:_ mesmo em momentos de crise e dificuldade, sempre soube que você se levantaria mais forte do que nunca. Você era o espírito da vida em casa. Amou as crianças mais do que tudo, persistiu em extrair todo o bem delas sempre. Amou a mesa de Shabat. Com você, sempre havia algo de especial nela. Nos alegrou com pequenos bilhetes, com músicas curtas. Captou as pequenas coisas que podem transformar o dia de alguém. Você sempre soube colocar escondido o bilhete certo, com alguma bobagem. Sua fala sempre foi limpa, sempre voltada para o bem. Você não suportava fofocas e as piadas baratas. Você fugiu de brigas como quem foge do fogo. Você sempre foi a primeira a se acalmar. Você era minha bússola, minha consciência. Eu confiava em você, eu vinha me consultar com você. Agradeço a D´s pelo mérito de conviver com você por uma década._
E assim escreveu um dos alunos de Rivka: Professora Rivka, você realmente era professora (Morá, professora em hebraico, vem do verbo orientar). Alguém que nos orienta sobre o caminho da vida. Sempre, todo domingo de manhã, você nos perguntava se alguém queria compartilhar como tinha passado o Shabat. Você queria saber e prestar atenção. Não muito tempo atrás, de repente, uma garota perguntou: Professora, como foi o se Shabat? Com o seu grande sorriso, você respondeu que este foi seu primeiro Shabat junto com seu marido Tom, em sua nova casa. Professora, vamos tentar fazer com que você se orgulhe de nós lá de cima também.”
Em memória delas.