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Educação de crianças

Um velho de catorze anos
Um triste fenômeno conhecido por muitos pais é ver seus filhos adolescentes gastando seu tempo à toa,
sem fazer nada de útil. Em vez de estarem cheios de energia jovem, animada e ativa, eles olham
fixamente para o teto, temem superar os obstáculos da vida, com receio em fazer algo útil para si
mesmos.
Esse fenômeno levanta muitas questões. Para onde foi a adrenalina natural, existente nas veias dos
adolescentes? Como eles se tornaram velhos, na faixa etária da adolescência?
No livreto ” al tachetêu baieled – Não cometa transgressões contra a criança”, consta a resposta contada
por um jovem. De acordo com essa resposta, a culpa também recai sobre os pais:
“Um  rapaz, talentoso e com alto conhecimento de sua consciência – explicou assim: A única coisa que
realmente eu aprendi,  é que eu não deveria nada. Primeiro de tudo, o que mais lembro de meus pais, é o
seguinte: ” não faça isso” “Não ouse” “você não tem vergonha na cara?!”
Quando eles vieram realmente conversar comigo? Durante a manhã, ao estarem ansiosos para se livrar de
mim para que possam ir ao trabalho? À noite, quando voltavam do trabalho cansados, quando tinham que
contactar os fornecedores e fazer contas? No Shabat, quando eles dormiam por cansaço exagerado ou
quando visitavam nossos parentes?
Com muita dificuldade, eles lembravam da minha existência!!! Somente quando eu estava fazendo
problemas, lembravam de mim para gritar, repudiar e reprimir. Tudo o que eu lembro desta casa, é o que
não devo fazer. Para viver com paz familiar, aprendi que devo somente ficar de braços cruzados sem
fazer absolutamente nada. Pois elogios nesta casa são conceitos que não constam no dicionário amíliar.
Neste dicionário constam somente críticas e ofensas. Mesmo que eles me peçam alguma coisa, para
ajudar em casa, para ir a um banco, ou algo assim, eu só me lembro das críticas e das broncas quando não
fiz isso corretamente.
Eu vou receber gritos, e eu vou sentir a falsa sensação de novo que eu não posso fazer nada certo … “
“E na escola, não valia a pena se esforçar?”
“Não! Lá também aprendi muito rapidamente que não vale a pena me esforçar, pois realmente ninguém
me aprecia e valoriza. Também para ser quase bom, tinha que me esforçar demasiadamente, e sempre que
conseguia alcançar algum mínio resultado, sempre recebia o seguinte comentário: você viu que
alcançastes um resultado razoável?  Por que sempre você não alcança este resultado? A explicação
sempre foi, “você realmente não quer”!!!
Quando finalmente, por puro milagre sobrenatural, alcancei uma excelente nota, exibi esta nota com
muito orgulho perante meus amigos, e o professor me chamou para me dar um sermão repudiando
severamente a virtude do orgulho!!!
Cheguei em casa, esperei para mostrar a nota extraordinária meus pais com muita emoção, e corri para
mostrá-los. E qual foi, porque não, a reação natural deles: “Você vê que pode, então porque você sempre
não alcança este resultado?!” Eu perdi todo o desejo de me esforçar, e ao longo do tempo também a
minha autoconfiança … '
A conclusão óbvia destas palavras é que o encorajamento genuíno deve ser dado sem condições e
restrições. É surpreendente ver como pais benevolentes e generosos em todas as outras áreas mudam de
repente e agem como pessoas cerradas em relação ao encorajamento.
Que pena!

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