Esse slogan não será incluído em nenhuma campanha eleitoral: “Pelo contrário, dê aos nossos corações, [capacidade para] que vejamos as qualidades de nossos semelhantes e não seus defeitos”. Há 232 anos, faleceu o Rabino Elimelech de Lizhensk, autor dessas palavras.
O Rabino Eyal Vered escreveu sobre a atual época eleitoral: “Quem dirá aos nossos líderes que o discurso já mudou há muito tempo? Quem lhes contará que nosso povo já mudou de linguagem? Não um discurso que ataca, que aponta fraquezas, mas um discurso encorajador, um discurso de fé. Em vez de ‘quando eu estava em … você estava em …’ que nos lembra discussões infantis no pátio da pré-escola, há outra possibilidade: ‘Não tenho dúvidas de que fulano é uma pessoa digna e boa, e fez muitas coisas boas para o povo de Israel, e ainda assim penso que, nas atuais circunstâncias, eu sou mais adequado do que ele.’ E também é possível continuar: 'Eu não abriria mão de seus talentos mais adiante, e ficaria feliz em poder cooperar com ele em benefício do Estado'. Isso lhes parece ingenuidade? Algo que vem do beit midrash (local de estudo de Torah), que não conhece a política mordaz? Bem, no mundo dos negócios, esse discurso já está funcionando. Lá, já passaram há muito tempo ao discurso do win-win (ganhos mútuos), de parceria e conexões, que são o segredo do sucesso econômico. Hoje, sabemos que é necessário não apenas vencer e ganhar dinheiro, mas de sentir uma parceria, um significado, uma ligação. Também no sistema educacional, se fala atualmente dessa maneira, passando-se a uma maior cooperação entre professores e alunos, mais delegação de responsabilidade e discurso não agressivo. Funciona. Apenas a política ficou para trás, num discurso desatualizado, baixo e diminuidor. Senhores, atualizem-se”.