O povo estava num beco sem saída
A água retornou às suas fundações e fechou o mar. Nos céus houve uma reclamação do acusador dizendo: por que salvarei o povo de Israel mais do que os egípcios, uma vez que os dois são idólatras?
O povo de Israel estava em momento de perigo, aprisionados no mar. Moshe disse a D'us: “Senhor do Universo, como o povo de Israel será salvo nesta situação?” D'us lhe disse: “Eu farei um milagre para eles”. Ele ergueu o povo de Israel, de modo que ficaram pendurados e flutuavam no ar até que eles vieram à terra.
Havia incrédulos em Israel que reclamavam a D'us (apesar de todos os milagres que tinham experimentado no mar), dizendo: “Qual é a utilidade da divisão do Mar Vermelho? É possível que quando deixamos o mar de um lado, os egípcios aparecem do outro lado”. Mesmo assim, D'us salvou-os e fez mais um milagre para enaltecer Seu grande nome.
A vingança final
D'us ordenou que a terra do Egito subisse acima, de modo que aqueles que ali permaneceram vissem os egípcios caindo no mar. Eles também foram punidos como seus amigos no mar. O mar saiu de sua fronteira e chegou ao Egito para afogar aos que permaneceram no Egito. Todos viram que a mão de D'us estava agindo contra eles de maneira não natural.
Os egípcios não morreram no mar, eles ainda estavam vivos quando o mar os emitiu. Isto foi feito para que vissem com seus próprios olhos que todo o povo de Israel foi salvo do mar, o que lhes causaria grande tristeza.
Isso também foi feito para Israel, para que eles reconhecessem seus inimigos e os espancassem por tudo que lhes haviam feito no Egito. No trabalho árduo do Egito, os invasores egípcios estavam no comando dos policiais judeus, e os espancaram por cada tijolo que faltava na cota diária. Agora cada um chega ao seu castigo e recebe o que ele merece do policial judeu, e só então ele morre.
A salvação de Faraó
O Faraó foi salvo do maremoto. Houve um grande milagre em seu resgate; Ele conduziu a entrada do povo no mar de modo que a água o tivesse atingido primeiro, e ele deveria ser o mais ferido. Ele foi salvo, para anunciar e divulgar a grandeza de Deus. Além disso, o faraó se arrependeu enquanto estava no mar, e contra o que ele disse no início das pragas (Shemot 15:11): ” Quem é D'us que devo escutar sua voz?”. Agora ele disse: “Quem é como você nos outros deuses, D'us?”.
D'us fez com que Faraó não retornasse ao Egito. Ele foi o rei da cidade de Nínve, cidade sobre a qual o profeta Yoná recebeu profecia para que se arrependam e que em consequência o profeta fugiu ao mar. Em minchá de Yom Kipur, é lida esta passagem.
Os tesouros do mar
O povo de Israel ficou muito rico ao venderem copos d'água aos egípcios na praga de sangue, e também por pegarem os pertences dos egípcios na saída do Egito e também por causa dos tesouros que Yosef coletou. Para que saibamos as grandiosidades deste milagre, o povo de Israel não perdeu nem um centavo no mar.
Quando o povo de Israel saiu do Egito, tomaram os pertences do povo egípcio, mas não da corte real. Quando os egípcios perseguiram o povo de Israel, Faraó decorou todos as carruagens com pedras, joias, ouro e prata. Seu objetivo era aumentar a motivação de seu povo na perseguição ao povo de Israel. Todo esse bem, foi conquistado pelo povo de Israel. D'us decretou que o mar expelisse todo o equipamento dos egípcios que estavam cheios de dinheiro, ouro e boas pedras e lanças, e toda a abundância veio diretamente para as mãos de Israel. Segundo o que consta no Shir Hashirim (1:11), o tesouro trazido do Egito, era considerado como prata em relação ao tesouro do mar que era considerado como ouro.