Um foguete disparado de Gaza atingiu ontem a Yeshivat Hesder de Sderot. Ninguém ficou ferido, Baruch Hashem. Eis uma mensagem do Rabino Hagai Lundin, professor na Yeshiva, uma mensagem que serve para qualquer pessoa que lida com crise e angústia: “Na parashá dessa semana, Behalotchá, aparece o versículo com que até hoje abrimos a arca sagrada (Aron Hakodesh) nas sinagogas, toda vez que os rolos da Torah são dali retirados. Eis o que declaramos: ” וַיְהִי בִּנְסֹעַ הָאָרֹן וַיֹּאמֶר מֹשֶׁה: קוּמָה ה' וְיָפֻצוּ אֹיְבֶיךָ וְיָנֻסוּ מְשַׂנְאֶיךָ מִפָּנֶיךָ.” E eis que ao que passa a Arca, disse Moshe, ‘Erga-se, ó Senhor, e faça com que Seus inimigos se espalhem, e fujam os que Te odeiam diante de Ti.’. Por quê falar de guerra, inimigos, pessoas que odeiam, quando tiramos os rolos da Torah da arca sagrada?
Numa ocasião como essa, esperaríamos versos de paz. Mas esse é exatamente o ponto. No início da jornada do povo de Israel no deserto, quando a Torah tinha acabado de surgir no mundo, havia uma guerra inevitável. Havia batalhas interiores e exteriores. Assim funciona com qualquer pessoa: quando queremos estudar, avançar na vida, implementar valores nos quais acreditamos, nos estabelecer na terra de Israel – precisamos desenvolver habilidades de enfrentamento para encararmos a marcha dos nossos inimigos, dos nossos detratores e daqueles que nos odeiam. Precisamos buscar força a partir da Torah para enfrentar as dificuldades – por exemplo, para que possamos viver em Sderot e na região do entorno de Gaza com amor e devoção. Isso, contudo, não é o ideal, a situação definitiva. Após obtermos a força e lermos a Torah, depois de sermos lembrados sobre os valores que nos guiam, colocamos a Torah de volta em seu lugar, recitando um versículo completamente diferente, em que pedimos: דְּרָכֶיהָ דַרְכֵי נֹעַם וְכָל נְתִיבוֹתֶיהָ שָׁלוֹם ‘ Seus caminhos são caminhos prazeirosos e todas as suas vias são paz.’ Shabat Shalom de Sderot
