Eis o que escreveu Damuz Gobeza, ativista social, imigrante (oleh) etíope, em razão da morte de Salmon Taka, dos protestos e manifestações:
”Não vamos quebrar, não vamos perder o controle. Moshe Rabeinu foi mandado para levar o Povo de Israel para Eretz Israel. Na Parashat HaShavua, Parashat Chukat, D'us disse a ele para falar com a rocha, mas os comentaristas explicam que ele bateu na rocha ao invés de falar com ela, e, portanto, foi decretado que ele não entrarua na Terra de Israel. Em Eretz Yisrael não batemos, e sim conversamos. Essa é a única maneira de alcançar a Terra Prometida. No meio familiar, entre vizinhos, entre diferentes grupos do Povo.
Por milhares de anos, a comunidade etíope manteve a fé e a esperança, gentileza e tradição. Nós sonhamos, lutamos e pagamos um grande preço para chegar até aqui. Nós também andamos pelo deserto, em uma terra desabitada, até a terra de nossos antepassados. Não foi com isso que sonhamos. Dificuldades de absorção, racismo, preconceito. Eu sugeriria que todos nós lêssemos Parashat Chukat, desta semana. A investigação ainda está em andamento, mas a mensagem é sempre a mesma: o dedo não deve estar à toa no gatilho. É mais fácil usar a força e não o cérebro, é mais fácil bater em vez de falar, mas não é assim que você entra nesse país e não é assim que se constrói uma sociedade. E nós, os jovens membros da comunidade, também lembraremos dessa mensagem. Nós vamos ficar com raiva, mas não deixaremos a raiva vencer. Não vamos chutar o balde”.