Se lembram da vovó Mari Nahamias da última cerimônia de acendimento das tochas (no Yom Haatzmaut)? Mari é sobrevivente do holocausto, imigrante da Tunísia, ex-moradora dos acampamentos de imigrantes em Israel, além de ter sido mãe adotiva de 52 (cinquenta e duas crianças) que viveram com em casa através dos anos. No último dia da independência, ela não leu o texto escrito, preparado para ela, mas surpreendeu e abençoou o público de todo o coração. Essa semana tive o mérito de encontrá-la novamente, num congresso do ensino público religioso no (centro de convenções) Binianei HaUmá, diante de milhares de professores e diretores. Ao fim de suas palavras subiram ao palco dezenas de jovens que tinham preparado uma homenagem a ela, mas mais uma vez ela ignorou o script e pediu novamente o microfone. A bênção dela para as jovens também era um pedido: respeito aos pais. “Eu quero dizer a vocês”, ela disse, “respeitem os pais. Os pais – são para o seu bem. Não responder, não discutir, não se irritar. Respeitem isso, sejam pacientes e verão o quanto serão bem-sucedidas, serão muito muito bem-sucedidas, na vida, no relacionamento conjugal, em relação à saúde, com os filhos, com tudo. Respeitem os pais: ‘sim, mãe’, ‘sim, pai’, e verão bastante sucesso.”
Nesse congresso também houve outros discursos, músicas e filmes, mas há algo na bênção autêntica saída do coração, que supera todas as outras coisas. O Ben Ish Chai, Rabino Yossef Chaim de Bagdad, escreve sobre isso acerca da nossa parashat hashavua. A parashá é cheia de bênçãos sobre Am Israel, e de acordo com sua opinião, há um grande significado no fato de que todo ano recapitulamos e lemos novamente aquelas boas palavras. Há uma grande força na fala positiva, na abertura do coração e na distribuição de bênçãos simples e bonitas aos que nos cercam. Que tenham um Shabat abençoado!