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A verdadeira relação ao dinheiro

Seu desejo por dinheiro era enorme. Este desejo ofuscou suas virtudes humanas. Ele estava pronto para ser humilhado, mesmo que por um pouco dinheiro.
 
Quando ele estava deitado em seu leito de morte, seus parentes e conhecidos vieram pedir perdão e abençoá-lo. Junto a eles também estava também o Rabi Eliahu Lupian, o silêncio no quaro era apalpável. Em poucos momentos, a alma voltará à seu lugar original, depois de uma longa joranada no mundo material. Quem será aquele que destruirá com suas palavras, este surpreendente momento?
 
Esses momentos, embora sejam angustiosos, são como o momento em que o alpinista levanta a perna, para colocá-la no pico do monte everest. Este monte era o desejo do seu coração, e todos os seus passos foram direcionados para ele. Agora ele está olhando para baixo, como se estivesse avaliando sua dignidade. Os últimos momentos da vida das pessoas, são os mais almejados por ele, para que a pessoa possa ter uma auto avaliação do que fez durante a vida., e isto é o que a pessoa levará consigo para o próximo mundo.
 
Esses momentos são puros, abstratos de todas as luxúrias deste mundo. Não é a luxúria da carne que afetará o homem neste momento, nem o desejo por dinheiro. Afinal, o que ele levará com ele para o seu mundo? Tão puro é o momento que até mesmo a luxúria não pode, pois o que ele tem a ver com aquele que esta prestes a partir para outro mundo?
 
Nestes momentos, a vida é revelada como uma tela pura e limpa das luxúrias materiais que a desvalorizaram sua beleza.
 
Rabi Eliahu olhou para o moribundo. Ele notou que seus lábios estavam se movendo, mas sua voz não foi ouvida, ele se inclinou para ele. E assim o homem sussurrou em seu ouvido: “Eu sei que estou nos meus últimos momentos de vida, e que não levarei comigo para o outro mundo, nenhum centavo. No entanto, não vou negar-lhe Rabi, que, se você me der uma moeda nesse momento, pegarei-a com minhas duas mãos, e com grande desejo, colocarei-a abaixo de meu travesseiro!
 
Rabi Eliahu ficou tão pálido como a parede branca de tinta fresca.
 
Como é possível que, embora o homem saiba que sua hora chegou, sua ânsia por dinheiro sempre o permeia? Quão fluente é como um rio em seus últimos momentos? Qual é o segredo do poder dessa luxúria?
 
Maldição e bênção
 
Se removermos o homem de sua exterioridade, descobriremos que o homem aspira a uma vida de prazer. Esse desejo reúne toda a essência do homem nele. Tire a esperança de seu prazer do homem e ele permanece imóvel como uma pedra inútil.
 
D'us criou o homem, a fim de causar-le o bem. Portanto, Ele fez que a natureza de suas criaturas seja a maior vontade de preencher o que lhes falta durante toda sua vida.
 
O desejo de preencher e satisfazer o que lhe falta, serve como uma força motriz em suas várias atividades, cujo propósito é o prazer. O desejo da pessoa por comida e abrigo, por abrigo e por dignidade deriva desse “desejo”. Quando ele entender que o dinheiro o ajudará a alcançá-lo, o homem aproveitará todos os recursos de sua alma para obter dinheiro.
 
E se você perguntar: o que há de errado com essa luxúria? Eis que o mundo funciona deste modo? Será que o mundo poderia funcionar sem que haja nele o desejo pelo dinheiro?
 
O conhecimento de que este mundo serve como uma introdução ao mundo vindouro, pode mudar a direção da vontade ou seja, que este mundo é um corredor antes de entrar na sala principal do palácio. Uma pessoa que se refere ao mundo como um corredor direciona sua vida para o propósito espiritual. Uma pessoa que usa seu carro para chegar ao seu objetivo, cuidar das necessidades de seu carro e é meticuloso em sua manutenção, pois sabe que sem este meio, não chegará a seu destino.
 
Em contraste, uma pessoa que usa seu carro como um símbolo de status ou como um substituto para o senso de poder pessoal, embelezará e elevará o carro, uma vez que é confrontado com suas próprias necessidades. Essa pessoa preferirá o exterior mais do que o interior.
 
No início desta parashá, D'us ordena a Moishe (Vaikrá 6:2): “dé ordem a Aharon e a seus filhos dizendo. Esta é a Torá do (sacrifício de) olá, é a que sobe ao altar durante toda noite até a manhã, e que o fogo do altar queima-o”.
 
Chazal nos ensinaram, que a linguagem de ordem, existe somente quando a pessoa deve ser acelerada. Esta palavra ordem aparece somente no sacrifício de olá, que é totalmente queimado e que os cohanim e a pessoa que ofereceu este sacrifício, não tem proveito dele.
 
A pessoa deve ser ligeira principalmente onde não terá proveito financeiro. Pois este desejo é um dos mais , se não o mais forte que a pessoa detém dentro de si.
 
Este sacrifício nos ensina, que o objetivo deste desejo, e´para que tudo que seja feito pela pessoa, mesmo suas necessidades particulares e pessoais, é para que ele se aproxime de D'us. E para que tudo seja consumido no altar do serviço Divino.
 

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