Muitos não sabem seu nome. Eles simplesmente o chamam de Chafetz Chaim. Há 85 anos, no dia 24 de Elul 5633, faleceu o rabino Yisrael Meir HaCohen, autor do livro “Chafetz Chaim”. Aqui estão alguns fatos sobre ele, sobre o trabalho de sua vida e sobre nós:
Ele era um rabino e um líder que lidava com uma variedade de áreas, mas chegou à conclusão de que uma questão é particularmente negligenciada em nosso meio – a fala. Ele pediu que levássemos seriamente os versos explícitos nos Salmos, que prometem vida e bondade àqueles que guardam as suas línguas: “מִי הָאִישׁ הֶחָפֵץ חַיִּים אֹהֵב יָמִים לִרְאוֹת טוֹב, נְצֹר לְשׁוֹנְךָ מֵרָע וּשְׂפָתֶיךָ מִדַּבֵּר מִרְמָה” “Quem é aquele que deseja a vida, ama os dias, para ver o bem que lá se encontra. Protege sua língua do mal, e seus lábios de falar maledicência. Afaste-se do mal e faça o bem. Peça pela paz e a persiga.”.
Seus alunos contaram que ele era muito cuidadoso com as leis sobre fofoca e calúnia, mas, surpreendentemente, ele não era calado. Ele provou que era possível falar bastante, mas falar de forma apropriada.
É interessante ver como uma pessoa pode se tornar um símbolo de uma grande ideia. Afinal, apenas ver sua famosa imagem já nos lembra muito da história de sua vida, e o seu cuidado com a fala.
Falar mal de alguém – assim ele nos ensinou – não é apenas uma questão de ser “verdade” ou “mentira”. Às vezes é necessário dizer uma dura verdade por que ela é útil, e às vezes é apropriado permanecer em silêncio mesmo quando se trata de verdade. Há que se estudar o assunto, e por isso ele publicou seus livros. É preciso entender o tremendo poder da fala e usar a fala como uma força construtiva e não como uma força destrutiva.
Ele preparou este workshop para nós antes mesmo dos talkbacks, os grupos de WhatsApp e os emojis, e ele também afirmou que disso depende a redenção, na cultura de fala de nossa sociedade. Parece que temos mais trabalho pelo frente.