יוֹסֵי בֶּן יוֹחָנָן אִישׁ יְרוּשָׁלַיִם אוֹמֵר, יְהִי בֵיתְךָ פָּתוּחַ לִרְוָחָה, וְיִהְיוּ עֲנִיִּים בְּנֵי בֵיתֶךָ, וְאַל תַּרְבֶּה שִׂיחָה עִם הָאִשָּׁה. בְּאִשְׁתּוֹ אָמְרוּ, קַל וָחֹמֶר בְּאֵשֶׁת חֲבֵרוֹ. מִכָּאן אָמְרוּ חֲכָמִים, כָּל זְמַן שֶׁאָדָם מַרְבֶּה שִׂיחָה עִם הָאִשָּׁה, גּוֹרֵם רָעָה לְעַצְמוֹ, וּבוֹטֵל מִדִּבְרֵי תוֹרָה, וְסוֹפוֹ יוֹרֵשׁ גֵּיהִנָּם:
Yossi ben Yochanan homem de Jerusalém, sempre dizia: que sua casa seja largamente aberta, e que os pobres sejam comuns em sua casa, e que você não fale demasiadamente com a mulher. Com sua prórpria mulher ensinaram, mais ainda com a mulher de seu amigo. Daqui ensinaram os sábios: todo aquele que fala demasiadamente com a mulher provoca um mal a si mesmo; se afasta do estudo da Torá e no final herda o inferno.
O Tanna Yossi ben Yochanan ensina como fortalecer e estabelecer os valores básicos da casa judaica: a orientação na Mishná apresenta os “materiais de construção” e os princípios necessários para estabelecer uma “casa de benevolência”. O mundo diz: “a benevolência começa de casa” – a benevolência decorre de uma educação básica que a pessoa deve ter absorvida desde a infância na casa de seus pais.
Que sua casa seja largamente aberta
A casa é o lugar da permanência e a âncora da vida humana. No mundo, a casa é tratada como um território privado, no sentido de que “minha casa é minha fortaleza”, enquanto o judeu é educado para transformar sua residência privada em uma pequena “instituição de benevolência”, para sempre deixar uma “porta aberta” para convidados ocasionais ,para pobres e coitados.
“A casa de benevolência”, é expressa em duas ações principais: hospitalidade e caridade para os pobres. Para que a casa seja acolhedora para os pobres, deve ser uma casa “aberta”. Uma casa que todos sentem acolhedora e confortável para entrar.
Infelizmente, muitas das pessoas de hoje – suas casas são protegidas por mecanismos de alarme que mantêm todos aqueles que necessitam de ajuda, do lado de fora. Por outro lado, os Judeus “simples”, amorosos, compartilham sua casa estreita com convidados e convidam alegremente outros “irmãos” para sua mesa lotada. Novos imigrantes que precisam de uma afinidade ou pessoas que precisam de um lugar para se hospedar perto de um hospital estão maravilhados com a “casa aberta” oferecida generosamente, naturalmente e com calor judaico.
E que os pobres sejam comuns em sua casa
Esta orientação se concentra nas formas nas quais o benfeitor deve se comportar: não seja exigente sobre o tipo de convidados que você traz para sua casa, cuide para que os pobres façam parte dos convidados em sua casa. O parâmetro para saber se a caridade é feita com pura intenção por causa de uma mitzva ou para benefício pessoal, é o seguinte: se seus convidados são apenas pessoas com um nome famoso, devemos suspeitar que esta “hospitalidade” foi feita com o intuito de que o anfitrião seja vangloriado e honrado. A verdadeira “hospitalidade” não distingue entre ricos e pobres, entre uma pessoa respeitada e uma pessoa humilde.
A mensagem educativa na mishná é: se você deseja que os hóspedes se sintam à vontade, comporte-se como hóspede, para que seu hóspede se sinta como se fosse o dono da casa.
Com sabedoria e sensibilidade, ele deve transmitir ao hóspede quanto prazer ele tem quando ele é hospedado em sua mesa. Ele deve prestar atenção para salvá-lo do desagrado e sensação de estranheza. Dê-lhe espaço em sua casa, questione-o sobre seus costumes tente fornecer-lhe condições confortáveis, para que se “sinta em casa”.
Certa vez, havia um Judeu rico na Inglaterra, que estabeleceu sua residência para convidados ocasionais. Ele foi capaz de dar a seus convidados uma sensação de uma “casa” real. Um dos convidados, que não sabia que ele era o dono, sussurrou em seu ouvido: “Diga-me, por quanto tempo é possível ficar aqui?” O rico lhe respondeu com um sorriso: “Acredite, já estou aqui a trinta anos, e ninguém me pediu para ir …”
E não fale demasiadamente com a mulher…
É importante enfatizar que não há nenhuma regra aqui para ignorar a mulher ou não para considerar seus sentimentos. A Mishna adverte contra a conversa inútil que não tem nenhum propósito.
Orientação sobre comunicação em casa-Rabi Simcha Cohen Shlit”a
A raça humana é chamada de “falante” baseando-se no meio inserido por D'us, para que as pessoas se comuniquem com os seres humanos. Do mesmo modo que a comunicação pode unir entre as pessoas, assim também pode afastar umas das outras, caso esta comunicação não seja feita do modo adequado.
A utilidade da conversa, comparada com as desvantagens que podem surgir é muito nítida na condução de conversas entre marido e mulher. Neste importante assunto, observamos que, uma vez que o sistema de casamento é um quadro de “parceria” entre marido e mulher, a estrutura mental feminina de compartilhar as coisas é compatível com o casamento, enquanto a estrutura masculina que não é de compartilhar as coisas é falha.
Talmud (Kidushin 49b)
Dez medidas de conversa desceram ao mundo, nove medidas foram tomadas pelas mulheres, e a décima medida pelo mundo inteiro. A declaração pode trazer um sorriso nos lábios de alguns leitores, porém, devemos saber que a fala não é apenas uma característica, mas também um papel, uma missão fundamental de cada mulher.
Reconhecemos que, na maioria dos casos, a mulher tende a falar mais do que o homem. A pessoa que não entende o processo de vínculo entre marido e mulher no casamento, pode interpretar que o virtude de conversa da mulher é uma desvantagem, mas depois que determinamos que a alma da mulher é uma alma de parceria, podemos entender porque as mulheres conversam muito. Uma vez que estabelecemos que a raça humana é chamada de falante, uma vez que são dado os meios para se conectar pela fala (ao contrário de todos os animais), e como a tendência da alma da mulher para se conectar é emocional, ela faz isso conversando com seu parceiro de vida masculino.
O homem, já que ele não tem “alma conectora”, ele não se inclina a conversar, somente se ele tem alguma informação a transmitir ou se quer impressionar a alguém. Após o casamento já que a mulher o conhece, a tendência de impressionar com imagem positiva diminui, e automaticamente reduz o tempo que um marido se dedica a uma conversa com sua esposa.
O marido não está “conectado” com sua esposa
A necessidade da mulher para o apego emocional através da conversa pode levar à angústia sentimental, porque ela sente que seu marido não está inclinado a conversar com ela. Por exemplo, uma mulher se volta para o marido e oferece-lhe uma chance de conversar e ele concorda, porém aparentemente ele demonstra insatisfação ao dedicar tempo nesta conversa, ou que ele olha inadvertidamente seu relógio esperando que o tempo de conversa chegue ao fim. Nesta situação, ela sente que ele não tem vontade de dedicar tempo à esta conversa, e que ele simplesmente está fazendo à ela um favor. Isto significa que ele não está conectado à ela, e isso aflige seus sentimentos.
O intuito de trazer aqui este ensinamento, não é para que a mulher sinta angústia de perceber que seu marido não está conectado com ela, e sim para que a mulher conheça as entranhas e as virtudes da alma de seu marido, que o fato que ele não conversa com ela do mesmo modo que ela deseja a conversa com ele, é pelo simples fato que a conversa não é uma das virtudes mais dominantes na personalidade masculina.
Determinamos que, na alma feminina, o discurso pertence à parte emocional, enquanto no homem o discurso pertence ao fornecimento de informações. Podemos ver isso no exemplo:
Mulher: por que você não conversa comigo?
Homem: não entendo por que você reivindica isso, pois sempre falo com você!!!
Mulher: Talvez você me diga quando conversamos da última vez?
Homem: Afinal, há alguns minutos atrás, perguntei-lhe, onde estão os sapatos de David, e sobre o tratamento dos dentes de Tamar?
Mulher:Aqui você vê que você não está falando comigo? Só quando você precisa de algo é que você fala? E quando conversaremos somente por conversar ?!?
A partir deste exemplo, podemos aprender o que dissemos, no marido o discurso é uma ferramenta para dar informações, então o marido respondeu: depois de tudo, perguntei sobre os sapatos de David e sobre o tratamento dos dentes de Tamar, enquanto sua esposa se relaciona à fala como apego emocional e mútuo, ela pode responder que “suas perguntas não são definidas como palavras”.
Iniciar uma conversa
É importante saber que a necessidade de conversação da mulher consiste em dois níveis: “conversar” e, nesta parte, pode ser satisfeita mesmo em conversas com um amigo. A segunda parte é: se falamos: “tenho a prova de que você é meu marido e emocionalmente ligado a mim”. A intensidade da necessidade da mulher na segunda parte é dez vezes maior do que a primeira parte, e por isso é impossível obter satisfação de conversar com outra pessoa. O marido pode ajudar grandemente a mulher com a satisfação desta parte, e cessar maravilhosamente com a angústia de sua mulher. Tudo isto acontecerá, somente se ele não “arrastar” à conversa com sua esposa, mas iniciá-la.
A mulher precisa de confirmações da firmeza do relacionamento de seu marido com ela e, portanto, ela conversa para examinar e receber esta confirmação. Portanto, é apropriado que um marido não aguarde até que a esposa se volte para ele falar com ela. Em vez disso, ele deve iniciar conversas (curtas) com ela, alguns minutos depois de ele chegar em casa, a conversa com ela pode estar na sala de estar da cozinha ou estar no ponto central de casa. O principal é a iniciativa, e não uma conversa longa.
A idéia por trás da proposta é que a mulher necessita receber o sentimento que seu marido está conectado à ela. Este objetivo é almejado em uma conversa curta, desde que esta seja iniciada pelo marido. Porém, caso a mulher inicie a chamada e que o marido só concordou com seu pedido, exigiria mais tempo para atingir o mesmo nível de evidência emocional.
O motivo de dividir com o marido, o que passou com ela durante o dia
O que motiva a esposa a dividir com seu marido o que aconteceu com ela durante o dia, tanto coisas positivas quanto coisas negativas?
A resposta é que mesmo no momento que ela observou que sua filha de três anos respondeu algo com a sabedoria infantil, ela ficou contente e emocionada, no final das contas ela passou isso sozinha. Ao participar o marido deste acontecimento, ele simplesmente “ressuscita” o acontecimento como se tivesse acontecido naquele momento e guarda em seu coração a participação do marido, como se aquele acontecimento estivesse acontecendo naquele momento.
Assim também caso alguém a magoou emocionalmente ou se fisicamente ela sofreu certa dor. Caso ela tenha sofrido a dor sozinha sem o marido, então ela lhe conta as coisas que experimentou, e quando ela diz que percebe que está revivendo a história como se estivesse acontecendo agora, é sinal que seu marido a escuta corretamente,
Agora ela está registrada como se ela tivesse acontecido com ela junto com seu marido.
O marido proposital
Na conversa entre marido e mulher, há outro problema. A estrutura masculina é “proposital”. Quando a mulher se volta para o marido para lhe dizer algo, ele muitas vezes se pergunta o que ela espera de mim. Ela pedirá que ele faça isso, então quando ele não sabe o que fazer, ele interrompe sua conversa e diz explicitamente: “Última linha, o quê? O que você quer de mim? “Esta reação ofende os sentimentos da mulher. Ela precisa compartilhar isso com ele, em primeiro lugar, no que ela passou, e não necessariamente com um propósito que o fará fazer algo.
Ela nos diz que quando ela queria lavar a roupa, percebeu que não tinha sabão em pó que estava acostumada a usar. O marido pode entender que ela estava preparando ele para a possibilidade de ele ir ao supermercado no meio da noite A esposa continua a bordar a estória e, depois de muitas coisas que aconteceu com ela no caminho do supermercado, ela diz que quando ela chegou lá e entrou no departamento de limpeza, percebeu que sabão em pó almejado, não estava na loja.
Nesta fase, o marido tem certeza que ela deseja que ele compre tal sabão em pó.
A esposa continua sua descrição e diz que uma das vendedoras percebeu sua angústia e a pergunta, o que ela estava procurando, ela contou a ela sobre o sabão em pó para a roupa para a qual ela havia percorrido um longo caminho de sua casa até o supermercado. A vendedora responde que o pó de lavagem, não somente que existe, como também em grande quantidade, atrás das garrafas de água sanitária. Neste momento, o marido sente completamente frustrado, se ela conseguiu tal sabão em pó, por que ela contou toda a história?
Ela queria compartilhar com seu marido o que houve durante o dia. Em contraste, o marido procurou e examinou a história procurando a solução prática do problema. A mulher ficou frustrada, pensando que seu marido não a entende e não está conectado à ela.
Caso cada um deles procure pensar que a estrutura mental e emocional de seu parceiro é completamente diferente da sua, a mulher não ficará angustiada com seu marido e tentará entendê-lo, e explicará a ele a reação certa, e o marido ao entender a mulher reagirá de modo correto.
O casal que deseja que a presença Divina seja um habitante constante e frequente em seu lar, deve aprender e aprofundar os entendimentos destas diferenças.
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