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O Povo do Livro

Mazal tov! A Semana do Livro (feira do livro que dura nacionalmente uma semana) do Povo do Livro começa hoje. 8.571 (!) livros foram publicados em Israel esse ano, um aumento de 35% na última década. Para aqueles que estão procurando a força que leva centenas de milhares de israelenses às livrarias, aqui está uma profunda explicação do rabino Jonathan Sacks: “É incrível: há 2.000 anos, os judeus em Israel tinham um sistema de educação compulsória. Éramos um povo cujos heróis eram professores, cujas fortalezas eram escolas, cuja paixão era pelo aprendizado e pela vida espiritual. Apenas para efeito de comparação, a leitura foi tornada acessível público na Inglaterra somente em 1870. Entre nós, as crianças judias conheciam a Torá, a Mishná e o Talmud, enquanto uma grande parte da humanidade adulta ainda não conhecia o alfabeto. Assim, quando somos chamados de 'o povo do livro' trata-se de um reducionismo, porque trata-se de mais do que isso: somos um povo por causa do livro. Essa é a revolução judaica: estabelecer uma sociedade que integralmente lê e escreve, em que todos são cultos. Somente em uma sociedade onde todas as classes sabem ler e escrever, reconhece-se que todos os seres humanos são feitos à imagem de D’s. Língua, estudo, oração, leitura – essa é a mesma “ponte muito estreita” que nos conecta por sobre o abismo, entre a finitude do homem e a infinitude de D´s. Mesmo na Diáspora, éramos um único povo porque tínhamos um livro. Um povo que continuou a existir porque se apegou ao livro. Perdemos a casa, mas por causa de nossa conexão com o livro – também tivemos o mérito de voltar para ela, e continuar lendo-o e ‘vivendo-o’ aqui.”

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