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Saudades do Líder

Uma verdadeira liderança deveria levar o povo para frente, não para trás. Não paralisar e abalar o país, mas trabalhar para o Estado e transmitir estabilidade. Começamos a ler o Livro dos Números (Bamidbar) essa semana. O livro começa com um censo que Moshe organiza, um evento no qual ele conta cada um do povo e dá a ele um senso de significado. Mais tarde, Aharon e seus filhos abençoam a nação com a famosa e edificante bênção sacerdotal (birkat cohanim). Depois, o Povo de Israel se queixa de sede e fome, Korach estimula uma controvérsia e os espiões tentam convencer o povo a retornar ao Egito. Mesmo diante dessas crises difíceis, Moshe, Aharon e Miriam continuam a conduzir o público adiante, introduzindo um bom espírito de fé e otimismo. Eles são líderes, esse é o trabalho deles. 

Quando escutamos as notícias por esses dias, o sentimento é o oposto. Como se o público fosse mais maduro que seus representantes eleitos. Não, isso não é uma comparação entre Moshe e Lieberman, assim como também não estamos no êxodo do Egito. Ainda assim, isso desperta um anseio por algo diferente. Eis a definição do Rabino Yossef Yozel Horowitz para liderança, encontrada em seu livro “Madregat Ha-Adam“ (A Estatura do Homem): “O líder precisa de duas coisas: a primeira é conhecer as pessoas e cada detalhe do que é especial para cada uma delas. A segunda, resolver o problema de cada pessoa, entendendo suas falhas e retificações. Tal pessoa merece ser o líder do povo. E o segredo é que tudo depende da sua capacidade de governar a si mesmo, antes de mais nada”.

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