Há nove anos faleceu o Rabino-Chefe de Israel, o Rav Mordechai Eliahu ZT”L. Rabino-Chefe, juiz de tribunal rabínico, mestre da Kabala, educador. Eis três pequenas-grandes histórias sobre ele:
– Conta seu filho, o Rabino Shmuel Eliahu: “apenas já mais velhos, nós, os filhos, escutamos a frase ‘agora falaremos um dvar Torah’ (prédica sobre Torah). Não sabíamos o que era dvar Torah, pois toda nossa conversa girava naturalmente em torno da Torah. Nosso pai construía conosco um sucá, nos fazia os nós dos tzitzit, ia conosco compra um shofar ou as quatro espécies de sucot, também lavava a louça em casa à noite e nos contava histórias de tzadikim (justos) antes de dormirmos. Apenas hoje eu sei o quanto aquela parceria que ele tinha conosco – criou verdadeiros mundos. Tudo era natural, normal e feito com alegria.”
– Contaram seus filhos durante a shivá (primeiros sete dias de luto, após o falecimento): “visitivam o nosso pai centenas de pessoas por dia. Ficávamos observando como ele investia tempo em prol dos outros e assim, sem percebermos, fomos educados à escala correta de valores: você simplesmente aprende que que você é menos importante e o outro é mais importante”.
– Dr. Avraham Lifshitz narrou o seguinte: “Na sua juventude, o Rava Eliahu era educador em uma escola e era fantástico como se importava com os outros. Quando ele não se entendia com algum aluno e a ligação entre eles não estava suficientemente boa ou correta aos seus olhos, ele fazia questão de rezar sobre aquele específico aluno. Houve casos em que ele inclusive jejuou em favor do aluno. Quando outros professores vinham até ele falar sobre os alunos, ele costumava perguntar: ‘Antes de mais nada, você rezou por ele?’”.
Em sua memória.